sábado, outubro 07, 2006

O Abraço Matinal do Sol

Por vezes quando olhamos lá para fora, no brilho de centenas de raios de sol que vão cobrindo este mundo, nos apercebemos da importância de um pequeno e necessário leve acordar, com uma pequena gota de orvalho, que lentamente vai caindo por detrás de uma planta, uma erva, uma folha de uma árvore que em cada manã se abre para receber "de braços abertos" o quente abraço do sol da manhã, sol da tarde e do entardecer. Sol que aquece e que me faz viver cada dia mais que passa, pois sombra sem sol não consegue aparecer, sentir, imaginar, viver.
É tão importante cada segundo das vinte e quatro horas que nos ultrapassam diariamente diante os nossos olhos, e nós... Sombras Irrequietas de um mundo cada vez mais ocupado com o que é monótono... que nem olhamos à nossa volta e não admiramos o brilho do sol a atravessar os ramos da árvore que se encontra por detrás da nossa janela do quarto, no momento que abrimos a janela, para fazer como as árvores e sentir o quente e suave abraço de alguns raios de sol da manhã...
É tão bom e ao mesmo tempo tão importante esse abraço todas as manhãs!!! Poderemos não lhes dar a impotância devida... Mas é devido a esse abraço de um sol que não para de brilhar, a cada dia que passa, sem parar, que nos mantemos igualmente vivos e que somos as mesmas sombras irrequietas de um mundo ocupado com o stress da mononia de um trabalho que nos ocupa os pensamentos e nos faz fugir os momentos bons da Vida.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Alteração de formato do Blog

Dado que uma sombra também vai aprendendo com as coisas que a rodeiam, a Sombra Irrequieta adicionou ao seu espaço um pequeno adereço que permite também transmitir algo de mim, algo de uma sombra que também tem gostos e ícones.
Agora já é possível verem um pouco da música que pelos ouvidos da Sombra passam... Música de todos os gostos, de vários países, de diversos locais... A minha música preferida...

segunda-feira, outubro 02, 2006

Sombra em tempo de chuva... Tempo Moribundo

Venho do trabalho hoje um pouco mais triste e melancólico que dos outros dias que trabalho... É triste ver uma sombra a desvanescer rapidamente dos nossos olhares, quando têm ainda muito para transparecer, de luz para poder receber... Ainda por cima quando essas sombras que andam por aí e que desvanescem deste mundo de um modo repentino, não devido a um acidente, mas devido a um mal "natural" do nosso mundo... O Cancro.
Tento ter, nestas alturas de maior dor, quando estes factos nos passam por nós, a frieza de um ensinamento da minha vida que tive ao ouvir sombas mais instruidas. "Não poderemos ver o Cancro como algo de mal, de diabólico, que tentamos à toa lutar até conseguir a sua cura... Pois o Cancro é o perfeito grito do Ipiranga, o grito pela liberdade, o grito pela luta á repressão sentida por uma só célula, que o passa para as outras, tentado assim se revoltar, não sem uma razão aparente, mas por uma nova adaptação a um novo ambiente... Acontece que o nosso corpo poderá não estar ainda pronto a essa adaptação... E ocorrerá assim sucessivas gerações com sucessivos cancros de modo que haja uma adaptatibilidade corporal a uma nova condição ambiental, um novo estímulo."
Acontece que esse grito do Ipiranga é duro de ser ouvido na nossa geração... pois não estamos noutro planeta para poder relativizar e verificar que afinal a nossa vida de uma só geração de em média 80 anos é muito pequena. Ainda por cima quando vemos esse "grito" a se desplotar em jovens pessoas que ainda têm tantos planos e tanta vida pela frente... São sombras que poderiam estar ainda nessas paredes dessas casas, iluminadas pelos raios de um sol da manhã, de uma lua de uma noite de verão. Mas para todo o sempre se desvanescem, entrando num outro mundo, numa outra dimensão que eu ainda não consigo descrever, apesar de ser uma sombra deambulante, uma sombra negra, mas continuo a ver o sol da Manhã, todos os dias...E ainda bem que ele me ilumina a cada dia que acordo...