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Caminhamos a passos largos, a cada dia que passa, numa estrada que não se vê o fim.
Uma estrada cheia de curvas e contra curvas, uma estrada com altos e baixos, com alcatrão e com terra batida. Com muitos e muitos obstáculos que, a cada dia da nossa vida terrena somos obrigados a ultrapassar e que nos vão tornando cada vez mais fortes, mais ágeis, mais aptos a progredir neste caminho para chegar a um final que hoje ainda não o conhecemos.
Como era bom conhecermos o destino desta estrada da vida. Mas não será, como esta minha imagem aqui retrata, a nossa Estrada da vida uma Ponte que nos permite alcançar um outro lado de nós?
Uma estrada que é uma Ponte... Uma Ponte para um outro lado de nós, para a claridade espiritual que nós ainda não conhecemos bem, pois vivemos na penumbra da noite, da escuridão, das trevas.
Mas não quero dizer com este meu lado negro de ver as coisas, a vida, a Estrada, a Ponte, que se pense num pessimismo ofuscante e ansioso em se libertar que em mim transborda, pois apesar de ser uma sombra deambulante, acredito que esta ponte me levará ao meu outro Eu, ao meu Eu de luz, de brilhantismo, de claridade em espírito, pensamento e alma. Pois apesar de por vezes nos encontrarmos cobertos nesse negro manto da Noite, poderemos sempre ver um pouco de uma branca e imaculada luz que da mais longinqua estrela nasce, ou da nossa lua reflecte. Pode ser assim que possivelmente consigamos, ao caminhar nesta nossa Estrada da Vida, encontrar a Ponte para o nosso outro lado, o nosso outro eu... E assim nos reencontrarmos...
E se verificarmos com cuidado para o caminho que já percorremos, até que possivelmente já passámos essa mesma ponte... Apenas nem nos apercebemos... Mas agora teremos tempo para ver que afinal... não nos encontramos aquando passamos para o outro lado, mas sim nos reencontramos, como se já nos conhecêssemos há muito e muito tempo...
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